segunda-feira, 28 de julho de 2014

Seminário Diálogos com Zygmunt Bauman
Texto: "O surgimento das meninas-mulheres"


          O texto traz uma discussão bem pertinente na atualidade, fala sobre as meninas que cada vez mais cedo estão tendo comportamentos de mulheres adultas.
Inicialmente, o autor traz o exemplo uma coluna onde a escritora fala sobre uma pessoa chamada Georgie Swann, que passa horas experimentando roupas, lê em média duas revistas de moda por semana, adora maquiagem, tem uma coleção de bolsas e sapatos. Nada fora do comum se não fosse o fato da pessoa em questão tem apenas dez anos de idade.
Nos diálogos com meu grupo, pude constatar que isso é mais comum do que se pressupõe.  
Hoje, é possível perceber constantemente meninas que abusam do uso de roupas muito curtas ou apertadas, assim como o de maquiagens e penteados exageradamente ousados para a idade que elas tem.
O fato que causa espanto, não é de ocasionalmente as meninas terem um cuidado a mais com a beleza, mas sim o de muitas delas tornarem esses cuidados como regra, como algo que tem que ser feito sempre, diariamente, e pior ainda, quando esse comportamento afeta outros anseios da infância.
O autor fala sobre uma pesquisa realizada com crianças da Grã-Bretanha, que aponta que menos de 20% das crianças tem o hábito de brincar ao ar livre, enquanto a maioria da meninas de dez anos tem um exagerado interesse por maquiagens, roupas e penteados, e ainda 26% são obcecadas pelo “corpo ideal.”
O texto também aponta a mídia como contribuinte nesse processo. Desde muito cedo, as crianças são bombardeadas por comerciais apelativos onde cria-se a ideia de que você é o que você consome, que tal produto te torna mais, que tal roupa mostra sua personalidade, que tal comportamento deve ser marcado por um tênis, por uma roupa, por um estilo “próprio” que é coletivo.   
Um fato que causa certa estranheza é a postura dos pais diante de tudo isso, muitos até demonstram uma preocupação referente ao comportamento das filhas, mas essa preocupação refere-se a saúde, a grande preocupação dos pais é em saber se os produtos que as meninas estão usando são de qualidade, nesses casos, fica bem claro que a preocupação não é com o comportamento em si, mas com os riscos ele pode causar para saúde.
Finalizando o texto, o autor traz o depoimento de um pai que fala que suas duas filhas não tem esse comportamento, são saudáveis, e que dentre outras coisas, não assistem televisão. O autor então menciona “que tudo isso é uma questão de escolha, e que escolha é uma indicação de liberdade e que liberdade implica em correr riscos”. No caso deste pai que de certa forma isola suas filhas do contato com o mundo, mais cedo ou mais tarde ele pode pagar um alto preço por isso tendo que presenciar a rebeldia das filhas diante de tudo que não puderam fazer durante a infância.
 Friso a necessidade do equilíbrio, o problemas não está em usar ou não usar maquiagem ou roupas não tão próprias para a idade, até porque isso também faz parte da infância, o eterno “querer ser gente grande”, querer imitar a mãe, a tia, a prima, enfim, pessoas as quais elas admirem, o problema é gerado com há excesso, quando isso ocorre sempre, quando a menina toma como hábito, nesse caso, é imprescindível a intervenção dos pais.  

Abaixo seguem dois vídeos que mostram um pouco da rotina de duas dessas "meninas-mulheres". 








quarta-feira, 11 de junho de 2014

Participação em evento

Conforme solicitado na última aula, os acadêmicos que fazem a disciplina deveriam escolher um dos eventos que ocorreriam em nossa universidade nesta semana e prestigiá-lo.
Escolhi participar do VII Congresso Internacional de Estudos Sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura.
Neste evento, participei de duas rodas de conversa, sendo elas “Grupos de Pesquisa que sediam o VII Congresso Internacional de Estudos Sobre a Diversidade Sexual e de Gênero da ABEH”,  “A identidade social e política dos homens trans no Brasil – perspectivas históricas e a crescente visibilidade”, e de uma mesa redonda intitulada  “Homocultura na universidade de hoje: processo de trabalho, relações de poder, ética e educação”.  
Aqui neste espaço, compartilharei com todos um pouco sobre a segunda roda de conversa citada.
Participar de um diálogo com um tema tão pouco discutido como este me fez refletir muito sobre o assunto, eu até já havia pensado sobre, mas ignorantemente nem sabia se realmente era possível. 
Bom, vou tentar situá-los na temática, como o próprio título da mesa já dizia, tratava-se de  identidade social e política dos homens trans no Brasil. De certo modo, e muito por influência das mídias, hoje é comum ouvir falar em mulheres trans, porém homens trans, pouco ouve-se sobre . 
Na roda, estavam presentes três homens trans, e uma mulher trans, o que tornou o assunto ainda mais interessante já que estes contribuíram contando um pouco de suas trajetórias, seus anseios, as barreiras pelas quais passaram e ainda passam para poder efetivamente ocupar seu espaço.
      

Contrapropaganda

Nossa contrapropaganda surgiu a partir de uma propaganda de seguro de vida que uma das colegas recebeu, partindo daí, fomos em busca de outras semelhantes para elaborar o trabalho.
Ao fim de tudo, refletimos sobre a banalização há em torno de tudo, ao ponto de tornar tudo em comércio, tudo girando em torno do capitalismo, literalmente do início da vida até a morte!